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Anna Martinelli On segunda-feira, 28 de outubro de 2013



Título: Muito mais que uma princesa
Autora: Laura Lee Guhrke
Editora: Essência
Edição: 1ª (2008)
Páginas: 344
Título Original: She’s no princess


Sinopse


Filha ilegítima de um príncipe e de uma famosa cortesã, Lucia viveu confinada em escolas e conventos durante a maior da vida. Mas, essas experiências não a impediram de provocar um escândalo depois do outro. Exasperado, o príncipe Cesare de Bolgheri decide que a filha deveria se casar o quanto antes. Para arranjar o casamento, Sir Ian Moore, o mais respeitado diplomata britânico, é chamado às pressas. De volta à Inglaterra, ele promete a si mesmo que achará um marido para Lucia, mas logo vê que sua experiência de diplomata talvez não seja suficiente para quebrar a resistência da moça. Apesar de não faltarem candidatos, nenhum está à altura do espírito e da paixão de Lucia. Trata-se Uma história que surpreende o leitor do início ao fim.

Resenha


Muito mais que uma princesa trouxe algo que eu procurei por muito tempo. Desde os flashbacks da série “The Vampire Diaries”, contando a história de Katherine Pierce (ou Katerina Petrova), eu procurei livros sobre épocas antigas. Tive que continuar com os flashbacks da série e outros de Dezesseis Luas com Genevive Duchannes e Ethan Cater Wate.
Mas, felizmente, os meus tempos de flashbacks acabaram quando achei um vídeo incrível falando sobre vários tipos de romances históricos e nele, achei um grande livro! Muito mais que uma princesa.
A história de Ian Moore e Lucia Valenti me surpreendeu várias vezes. E me peguei rindo mais vezes ainda. Lucia é irreverente, chamativa e principalmente muito divertida; ela muda as coisas, foge da regra, é feminista, mas não deixa de acreditar em um bom romance, o que nos leva a Ian Moore, um diplomata conservador que sempre seguiu as regras, respeitado na sociedade inglesa, que falha na possível missão teoricamente mais fácil de sua vida, casar Lucia.
Os personagens são bem desenvolvidos, dentre eles temos:
-Lucia: Ela vai além dos conceitos clichês de romances históricos, onde há uma menina feminista e teimosa. Lucia é linda e sabe disso e também sabe como usar isso a seu favor. Ela não tem medo de ser quem é nem por um segundo e é incrivelmente corajosa. Depois de fugir de conventos, palácios, casas, ou qualquer coisa que pudesse impedi-la, finalmente entra na vida de Ian Moore.
-Ian: Sério, ele realmente tentou ficar longe dela. Manter distância, ser profissional, como sempre, mas surpreendentemente ele nunca teve Lucia em sua vida. No começo ele é um pouco chato e firme de mais e é realmente divertido ver Lucia implicando e tirando-o do sério, mas lá pro final do livro ele muda radicalmente e esse torna algo que eu não esperava ser possível.
-Dylan Moore: Irmão de Ian. Eu realmente gostei do Dylan. Ele é músico e não se encaixa bem nessa coisa toda séria, como o irmão. E, assim como Lucia, tudo é sempre uma brincadeira.
-Francesca: Mãe de Lucia. Exatamente como a filha, Francesa é irreverente e extravagante. E ensinou Lucia como usar sua beleza a seu favor.
Os cenários também são bem descritos, tanto na Itália quanto na Inglaterra, a autora se aproveita da paisagem e cria ótimas situações sendo descritiva, porém não tão excessiva em detalhes. Além de se aproveitar do contexto da sociedade e de como ela se comportava na época.
Enfim, realmente gostei do livro. É bem diferente dos livros de tempos atuais, mas não deixa o humor e a sensualidade de lado, o que é muito bom! 
Com certeza recomendaria esse livro para quem está procurando um romance histórico, especialmente se não se importar com um pouco de diversão.
O final é teoricamente previsível, mas como a trama se desenrola até a constatação desse final é completamente surpreendente. Por vezes pensei que não haveria um “feliz para sempre”, na verdade, tive certeza durante várias páginas, mas ele não foge do clichê romântico, se é o que está procurando.
Muito mais que uma princesa tem uma leitura fácil e dinâmica, com escrita atual, mas ainda preserva o contexto geral de época.

"-O senhor sempre faz o que é certo?
-Eu tento fazer sim.
Ela sorriu.
-Eu não"


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